A Grita Cia de Palhaças nasceu do encontro de três palhaças, cada uma com suas experiências e particularidades. Durante aproximadamente dois anos, as três se encontraram em cena no número cômico As Multidançarinas, apresentado em cabarés, festivais e eventos. A partir deste encontro, surgiu a vontade de se aprofundar ainda mais nessas figuras o que resultou no espetáculo Meta for Mosa.
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Descrição
A Grita Cia de Palhaças nasceu do encontro de três palhaças, cada uma com suas experiências e particularidades. Durante aproximadamente dois anos, as três se encontraram em cena no número cômico As Multidançarinas, apresentado em cabarés, festivais e eventos.A partir deste encontro, surgiu a vontade de se aprofundar ainda mais nessas figuras, para a criação de um espetáculo de palhaças, que dialogasse com o universo da dança, mas que principalmente, envolvesse questões do feminino, de ser mulher e ser palhaça. Num estudo profundo de palhaçaria feminina e mergulho em universos pessoais.
Para dar início a esse trabalho, as palhaças decidiram que seria importante ter uma diretora. Que fosse também palhaça e conseguisse extrair com sutiliza e delicadeza, as minúcias e peculiaridades das artistas. Assim, a Adelvane Neia, palhaça Margarida, com 30 anos de carreira e experiência tanto em cena quanto na direção, se uniu ao projeto.
Com um olhar cuidadoso, ela instigou as palhaças a se a mostrarem de maneira pura e selvagem. A percepção sobre o tema se aprofundou. As artistas mergulharam em si mesmas, em suas histórias e ações que são pessoais ao mesmo tempo que comum a todas as mulheres.
A dança voltou a aparecer neste contexto como triunfo! Quando as pessoas se desarmam e voam livres, sem preconceitos, medos e falsas realidades. É quando todos dançam, quando olhamos para as outras pessoas sem julgamento, mas sim como criaturas em transformação e transfiguração. É quando aceitamos a outra, mesmo ela sendo diferente de nós.
Durante a criação, as três artistas desenvolviam veredas muito pessoais em suas figuras. Doçura, excentricidade e rispidez foram características marcantes do processo. Que moldaram as relações em que as figuras improvisavam.
A partir daí, as três já estavam falando a mesma coisa, de maneiras diferentes. E com isso a dramaturgia deu um salto e se mostrou forte, diante das artistas. Cada uma interagindo com a outra correspondendo ao seu papel na sociedade, expondo o peso que ela exerce sobre as outras pessoas. E, neste caso, sempre com o foco na mulher.
Aos poucos essa metamorfose com a qual o título do espetáculo dialoga, começou a se fazer presente na cena, e também nas vivências das artistas. Cada uma viveu seu próprio processo de transformação ao longo deste trabalho. O material em si, também viveu uma grande metamorfose.
Cada uma a seu modo, foi olhando para si, retirando camadas e trazendo à tona um lado diferente, mais profundo, e até então, oculto. Que agora surpreende na maneira de criar afetos. E é assim, metamorfoseadas, ou metaformoseadas que essas figuras convidam a plateia para uma celebração do ser humano, do ser mulher, das potências pessoais e da liberdade de ser.
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